O primeiro telefone celular desenvolvido com software do Google será colocado à venda no dia 22 de outubro nos Estados Unidos a US$ 179 e, obviamente, se apresenta como a única alternativa com chances reais de concorrer com o iPhone, produzido pela Apple.
O aparelho, chamado de G1, foi apresentado hoje em Nova York, onde foram revelados esses e outros detalhes mantidos cuidadosamente em segredo, o que causou a divulgação de todo tipo de rumores.
No lançamento, Sergey Brin e Larry Page, criadores do Google, apareceram de surpresa para um auditório ansioso para conhecer o novo aparelho, que será vendido em três cores (branco, preto e marrom).
Desde o lançamento do iPhone, no ano passado, havia comentários sobre um celular capaz de fazer frente ao grande sucesso comercial do aparelho da Apple, mesmo custando US$ 200 por dois anos de contrato.
Embora seja certo que no mercado americano já há outros celulares que superam o iPhone em serviços, também ficou comprovado que nenhum deles foi capaz de esgotar o estoque e atrair a atenção midiática como fez esse telefone.
No entanto, o G1 poderia enfrentá-lo, antes de tudo, por ser muito parecido (tela tátil) e, a principio, mais barato: US$ 179 por dois anos de contrato e uma tarifa plana para navegação sem limite de US$ 25 ou US$ 35 mensais, dependendo de se o número de mensagens contratadas for 400 ou ilimitado.
A isso deve-se somar o consumo pelas ligações telefônicas. A T-Mobile (pertencente à Deutsche Telekom) oferece tarifas planas a partir de US$ 29 mensais, como explicou à Agência Efe Saj Sahay, diretor da operadora que o comercializará com exclusividade.
“Em comparação com outras possibilidades do mercado e com as tarifas médias, um usuário economiza US$ 200 por ano, menos do que custa o próprio aparelho”, explicou Sahay, sem se referir claramente aos preços do iPhone.
O novo aparelho estará disponível a partir de 22 de outubro nas lojas da T-Mobile dos EUA, embora, a partir de hoje, se aceitem reservas para os clientes da operadora.
Embora não tenha um design como o do iPhone, o G1, fabricado pela empresa HTC, possui um teclado Qwerty (como o dos computadores), que é acessado deslizando a tela tátil e que lembra a principal vantagem do BlackBerry.
No entanto, as maiores novidades estão no software que o acompanha, o Android, pois é um sistema operacional de código aberto do Google que retoma muitos dos conceitos mais conhecidos no iPhone.
O Android permite que qualquer um desenvolva aplicativos que depois serão colocados no Android Market, uma loja virtual que, segundo seus criadores, será menos rígida que a AppStores no iPhone.
Além disso, permite a abertura de várias aplicações ao mesmo tempo, a navegação por páginas HTML e a realização de buscas. Também é possível editar e digitar texto, ler documentos do Word e PDF, entre outros, e baixar música diretamente do Amazon MP3.
O novo aparelho tem um serviço de mensagem instantânea compatível com os programas mais usados e uma câmera de três megapixels – contra dois do iPhone -, assim como conexões WiFi e Bluetooth, tecnologia móvel 3G e um cartão de memória SD de 1 giga, embora seja possível expandi-la para 8 gigas.
“É um verdadeiro computador. Pequeno, muito divertido e com a grande oportunidade de utilizar aplicativos desenvolvidos por terceiros”, resumiu Larry Page.
No entanto, o que mais atrai a atenção à primeira vista é a integração dos programas de mapas do Google, especialmente o Street View, cuja função de “bússola” permite buscar um endereço, ver em imagens reais o destino e explorá-lo virtualmente modificando a orientação do aparelho.
Segundo o responsável de Tecnologia e Inovação da T-Mobile nos EUA, Cole Brodman, o aparelho foi pensado para todo tipo de usuário.
Novidade celular do Google chega às lojas em Outubro
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